BECRE DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO VICENTE DA BEIRA “Quem lê muito e anda muito, vai longe e sabe muito” (Cervantes, Miguel) “Gostar de ler é trocar horas de tédio por outras deliciosas” (Montesquieu, Baron de )
30 de março de 2011
INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO - 2º PERÍODO
Primeira Mini feira do Livro da Biblioteca Escolar
29 de março de 2011
A solidão está dentro de mim (capítulo II)
19 de março de 2011
A Solidão está dentro de mim (capítulo I)
CAPITULO 1
O que eu esperava já veio
Era eu, o pequeno, a quem chamavam «minorca». Ignoravam-me de tal maneira que já não me importava se o fizessem ou não. Ia para um sítio onde ninguém me encontrava, nem conhecia. Só sabia uma coisa, aquele era o meu lugar especial.
A minha mãe era a minha fonte de apoio e confiança. Contava-lhe tudo com excepção do meu lugar especial.
Não sabia do meu pai, estava desaparecido. A minha mãe contava-me histórias sobre ele comigo, de que vagamente me lembrava.
Morava numa simples e vulgar aldeia, onde um segredo se propagava num abrir e fechar de olhos. Tinha o cabelo castanho que só cortava de ano em ano, olhos castanhos «quase para o preto» - dizia a minha mãe quando eu falava neles.
Estava no meu lugar especial. Ouvi qualquer coisa. Uma breve brisa a bater nas folhas secas do chão? Não. Não. Não podia ser! Era aquele que me intimidava dia e noite, o que me fazia pensar que não devia existir. Desapareceu, simplesmente desapareceu. Estávamos a 3 de Abril, o dia a que eu chamava «aterrador». Ajoelhei-me e comecei a chorar. (Continua...)
9 de março de 2011
Cartaz de Março
Dia 11 de Março às 14h00
"O PRÍNCIPE DA PÉRSIA"
Sinopse: Um príncipe guerreiro e uma misteriosa princesa lutam contra forças obscuras para proteger uma antiga adaga capaz de libertar as Areias do Tempo – um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo.
Dia 18 às 14h00
"ASTROBOY"
Sinopse: Na futurista Metro City, Astro Boy (Freddie Highmore) é um jovem robô com incríveis poderes criado por um cientista à imagem do filho perdido. Na busca por aceitação, Astro Boy embarca em uma jornada que mudará para sempre sua vida de robô.
Dia 25 às 14h00 (integrado nas actividades da Semana da Leitura)
"O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES"
Sinopse: Esta animação delicada e única, vencedora do OSCAR® de filme curto de animação, é um tributo ao trabalho árduo e à paciência.
Conta a história de um homem bom e simples, um pastor que, em total sintonia com a natureza, faz crescer uma floresta onde antes era uma região árida e inóspita. As sementes por ele plantadas representam a esperança de que podemos deixar pra trás um mundo mais belo e promissor do que aquele que herdamos.
O medo do amor
Parece um absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar. Medo da violência, medo da independência e solidão. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vidas e nós sabemos o porquê. O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Atacamos por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até ao coração, o amor se enterra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atracção, sei lá, vai-se lá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina e termina só de um lado, nunca se acaba nos dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor para cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de acabar, porque acabar não é fácil, quebrar rotinas é sempre dramático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se costuma, acabar um amor não é só falar, é facto de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro e em nós próprios, ainda que com menos gravidade. E ter o amor rejeitado, nem se fala, é ferida exposta, chora-se em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos essa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vêm com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está a acontecer, mas também nada de ruim.
Um novo amor?
Nem pensar. Medo, respondemos. Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Cláudia Vinagre (9ºA)- Texto vencedor do Concurso de Escrita Criativa do Dia dos Namorados